terça-feira, 8 de março de 2011

Movimento Geração à Rasca interrompe discurso de Sócrates


"Chegou a hora de a geração à rasca falar, isto é pacífico, só queremos falar".
Ontem, cerca de uma dúzia de jovens ligados ao movimento Geração à Rasca foi expulsa da sala onde o PM discursava.
Mal este iniciou a apresentação da sua moção política, em Viseu, o grupo de jovens, munido de um megafone, começou a manifestar-se garantindo "que só queriam falar, isto era pacífico".
"Se me permitem, camaradas, eu gostaria de fazer um convite às pessoas que agora entraram para jantar connosco, não temos nenhum problema nisso. Somos um partido da tolerância, estamos no Carnaval e a verdade é que no Carnaval ninguém leva a mal", interrompeu-os José Sócrates.
A verdade é que os jovens pagaram para estar no jantar e o seu intuito era o de se manifestarem e falarem pacificamente com o Primeiro-ministro.
Talvez a interrupção não tenha sido a escolha mais feliz, mas a verdade é que, cada vez mais, começam a escassear as oportunidades de manter uma conversa aberta com Sócrates. Cedo aparecem guarda-costas, a afastar, a empurrar, a calar.
Paulo Agante ainda acrescentou: "Enquanto nós estávamos a ser empurrados e pontapeados, eu não tirei os olhos dele, ele estava com um sorriso de satisfação na cara".
Gostávamos ainda de salientar a forma como foi retirada a faixa na qual estava inscrita "Fim às políticas rascas" e "619 mil amigos gostam disto" aos nossos camaradas manifestantes.
Aguardamos então pelo dia 12 para saber como corre a GRANDIOSA manifestação, já preparada de norte a sul de Portugal e que visa não só mostrar o descontentamento como entregar à Assembleia medidas alternativas.

2 comentários:

  1. Dizia o Pedro Boucherie Mendes, no seu programa da Antena 3, que a manifestação da Geração à Rasca era dirigida, segundo o seu manifesto, a "mães, pais e filhos de Portugal". E, dizia ele muito bem, que assim sendo, qualquer pessoa, rica ou pobre do país poderia participar.

    Fora esta incoerência, o movimento nasceu como forma de manifestar contra alguns problemas da sociedade portuguesa e para demonstrar que os jovens (queira-se ou não, não vejo uma pessoa na casa dos 50 anos a ir para a rua manifestar-se) sentem-se trucidados e esquecidos. Dizem ir realizar uma manifestação pacífica e apartidária (ou, no fundo, apartidária mas sem contar com os apoiantes do PS). E, apesar de concordar com a manifestação, o problema levanta-se nestas duas palavrinhas...

    Comecemos com a pacífica. É só ouvir com atenção o vídeo para se ouvir, no final, dizem os tais jovens "precários nos querem, rebeldes nos terão". Só eu acho que a palavra "rebelde" não é nada pacífica. Depois, e quanto à manifestação, ambos os intervenientes portaram-se, acho eu, de maneira incorrecta. Primeiro os "jovens" que começam a dizer que aquilo é uma manifestação. O que vejo ali é um ajuntamento de pessoas a refilar. O grupo também pede, segundo li, para levar uma folha com um problema e a solução para o mesmo...foi isso que pareceu acontecer ali: 10 pessoas juntas a dizer que queria mais dinheiro. Porque, para haver manifestação, tem de haver manifesto. E "619 mil amigos gostam disto" só dá para fazer trocadilhos engraçados.

    Quanto à apartidária, chega dizer que eles foram a um comício do PS. Vão à essência da palavra apartidária - não partido. E o não partido é o PS. Não digo que esta seja a base do movimento. Mas, ao tomarem medidas destas, torna-se difícil leva-los a sério.

    Se me perguntarem se a manifestação é bem convocada, terei de responder que sim. Existe uma geração descriminada e esquecida por umas quantas pessoas com lugar assegurado. Mas acho que, para movimento apartidário, a manifestação está cada vez mais política. E aqui perde-se a essência da mesma...

    Quanto ao primeiro-ministro, dizer que é Carnaval e ninguém leva a mal foi das piores tiradas que podia ter naquele momento. José Sócrates não conseguiu responder à altura, tentando desprezar...é feio ver o alto comandante da nação dizer que os problemas e uma manifestação são brincadeiras, quando ele vive luxuosamento e há muitas pessoas a viver de trocos. Mas isso já é hábito.

    ResponderEliminar
  2. Falta de educação não leva a nada. Ao menos que tivessem tento na língua; dispensava-se a má linguagem. Há que saber estar e saber ser para saber fazer.

    ResponderEliminar

tertúlias completamente ofélicas